Novas tecnologias auxiliam na alfabetização de crianças na Regional de Ibirama
Escrito por Helena Marquardt – ADR Ibirama
Há alguns anos, a alfabetização de crianças em todo o país era baseada
em livros e no conteúdo repassado pelos professores no tradicional
“quadro negro” e copiado pelos alunos em cadernos, mas atualmente a
realidade da Educação em Santa Catarina vem sendo modificada graças ao
uso de novas tecnologias. Hoje estudantes da Rede Estadual de Ensino
podem contar com ferramentas como tablets, lousas digitais e
computadores e ter acesso a jogos interativos que fazem a diferença na
vida escolar das crianças e tornam o Estado uma referência quando o
assunto é educação de qualidade.
Um exemplo positivo de como as novas
tecnologias tem ajudados professores e alunos, vem da escola de Educação
Básica Orlando Bertolli, em Presidente Getúlio, onde os estudantes do
primeiro ano aprenderam a ler e a escrever com o auxílio de jogos que
além de divertir garantem resultados expressivos.
A professora Ana Maria Gregolin, explica
que a sala de informática é um dos recursos tecnológicos que mais
ajudam na alfabetização e que o espaço é utilizado de diversas maneiras,
principalmente para pesquisa e para jogos. “Os jogos são muito
atrativos para as crianças porque tudo que elas visualizam conseguem
gravar mais fácil e quando elas interagem com o jogo nunca mais
esquecem. Com esses jogos pudemos perceber a evolução dos alunos,
inclusive aqueles que tinham mais dificuldade”, diz.
Gregolin conta que com o tempo, os
próprios alunos passaram a ajudar os colegas nas tarefas. “Um estudante
que passava de fase ajudava o outro a passar também. Percebemos que tudo
que é lúdico e diferente a criança tem um aproveitamento muito melhor.
Fizemos os testes de avaliação e nas 18 crianças da sala e percebemos
que 10 já tinham assimilado o alfabeto em um curto espaço de tempo”,
afirma.
A professora, que atua há 25 anos em
sala de aula, ressalta ainda que os professores precisam se adaptar a
nova geração que já convive com a tecnologia nos primeiros anos de vida.
“Eles são muito ativos e precisamos inovar. Se ficarmos só com o quadro
e o lápis a gente não consegue atrair totalmente a criança, temos que
unir as duas coisas”, relata.
O pequeno Lucas Eduardo Schurt, de
apenas seis anos, também garante que aprende muito mais quando a aula é
divertida. “Gosto de jogar esses jogos, é minha atividade preferida e já
consigo passar todas as fases. Nesse jogo mostra o objeto e a gente tem
que colocar as letras e formar a palavras”, ressalta.
A diretora da escola, Jucimeri Cristina
da Conceição Beppler, também acredita que o uso das novas tecnologias
que são oferecidas pelo Governo do Estado é fundamental. “O aluno hoje
já tem acesso à tecnologia em casa. A maioria dos pais já tem um celular
ou um tablet e então essa criança do primeiro ano já chega na escola
com esse conhecimento e nós precisamos utilizar essas ferramentas a
favor do ensino”, diz.
Estado é referência em Educação de qualidade
Se tratando de Educação, Santa Catarina,
tradicionalmente é um dos estados mais bem avaliados pelo Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) seja nas séries iniciais ou
finais, com números bastante semelhantes ao de países desenvolvidos e o
bom desempenho não é por acaso.
Adalberto Gomes Ribeiro, do Departamento
de Tecnologia Educacionais da Secretaria de Estado da Educação (SED)
explica que Santa Catarina desenvolve diversos programas que auxiliam
estudantes e que no estado os alunos também tem acesso a equipamentos
como tablets, computadores e lousa digitais que tornam as aulas mais
proveitosas e atrativas.
Além dos cursos de formações continuada
oferecidos regularmente aos professores, os Núcleos de Tecnologias
Educacionais (NTE) das Agências de Desenvolvimento Regionais (ADRs)
também oferecem capacitações específicas organizadas de acordo com a
necessidade de cada escola.
Adalberto revela que em breve Santa
Catarina será pioneira no país com a utilização do Google For Education
na Rede Pública. O pacote de ferramentas completamente gratuito, que
será implantado até setembro, deve otimizar ainda mais o ensino
oferecendo ferramentas como email, armazenamento de documentos e
fotos, opções de videoconferências e aplicativos criados especialmente
para uso em sala de aula.